Língua galega é o nome oficial no Reino da Espanha e na União Europeia do idioma natural da Comunidade Autónoma da Galiza. Esta língua é falada na Galiza, bem como em zonas de fronteira das comunidades autónomas das Astúrias e de Castela-Leão e nas comunidades de galegos emigrantes, como na Argentina, Cuba e no Uruguai, com mais de três milhões de emigrantes galegos nestes países.
O galego pode ser visto como uma forma evoluída do galego-português, com algumas influências docastelhano e umas poucas formas e traços próprios inexistentes em português, uns próprios do galego-português original que desapareceram do português contemporâneo, outros fruto da evolução posterior do galego.
Em relação à oficialidade, o galego é co-oficial na Galiza conjuntamente com a língua castelhana.
Na União Europeia já foi aceite oralmente como sendo português, nomeadamente nas intervenções dos ex-eurodeputados galegos Camilo Nogueira e Xosé Manuel Beiras.
Línguas distintas ou dialetos da mesma língua?
Desde o ponto de vista da Real Academia Galega, com competências na elaboração na norma oficial de uso na Galiza, o galego é uma hoje língua diferente do português, embora no passado tenha existido uma unidade. Também são desta opinião os partidos políticos espanhóis maioritários na Galiza (Partido Popular e PSOE), embora alguns setores do Bloco Nacionalista Galego e outros grupos políticos sem representação no Parlamento da Galiza, pretendam alterar esta situação.
De um ponto de vista científico temos duas possibilidades: O galego é uma língua diferente do português. Na Galiza, nas universidades e centros de investigação linguística (os mais importantes são a Real Academia Galega e o Instituto Galego da Língua), a tendência predominante é a de considerar o galego como uma "língua independente". [carece de fontes]
O galego é considerado uma variedade dialectal da língua portuguesa. Desde que, em 1970, Lindley Cintra apresentou a sua classificação para os dialectos galego-portugueses (que é a que está actualmente em vigor), este assunto é praticamente consensual entre a comunidade linguística. Em Portugal, nas universidades e centros de investigação linguística, os dialectos galegos são estudados como parte dos dialectos do português europeu. Na Galiza, os linguistas são um dos grupos sociais mais activos no chamado movimento reintegracionista, que defende a inclusão política da língua galega no sistema lusófono.
Controvérsias parecidas levantam-se em relação a outras línguas da Europa, que, assim como o galego e o português, são tidas como pertencentes a um diassistema — como o occitano-catalão, asturiano-mirandês, albanês-kosovar, flamengo-holandês, checo-eslovaco, servo-croata, córnico (ou cornês)-bretão.
Há alguns autores galegos que publicam na versão reintegrada do galego em Portugal (Carlos Quiroga, João Guisan Seixas). Também há obras lusófonas editadas directamente na Galiza (Roberto Cordovani, Nélida Piñon)
Apesar das controvérsias, o português começa a ser reconhecido na Espanha como uma língua em expansão e o seu ensino disseminado. Começa a ser ensinado como segundo idioma estrangeiro no ensino primário em Castela e Leão e já foi aprovado como segunda língua estrangeira na Andaluzia e é ensinado na Estremadura.Por outro lado na Galiza se verificam ainda diversos debates sobre a política do ensino da língua local.
Falantes
O galego foi considerado a língua mais falada na Galiza segundo o relatório da Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritarias[15] Segundo este relatório de 2002, nas Astúrias o galego-asturiano era falado por 40 000 pessoas (4% da população total da Astúrias); havia em Leão 23 500 falantes de galego e em Zamora, 1 500 falantes; na Estremadura espanhola, uma variante do galego, a Fala da Estremadura, era falada por 5 000 pessoas.
Está a diminuir o número de pessoas que se expressa sempre em galego. Em 2003, 43% da população galega usava sempre o galego, comparado com o ano de 2008 em que apenas 30% se exprimem sempre em galego. Só um em cada três galegos fala sempre em galego. Verifica-se uma diminuição de 13% no número de falantes regulares.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/
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